Será que somos verdadeiramente livres para escolher o nosso caminho profissional?
As experiências emocionais vividas nos primeiros anos de vida são determinadas pelos padrões energéticos que trazemos de vidas passadas levando-nos a atrair de forma repetida o mesmo tipo de experiências até que sejamos capazes de voltar a amar a parte de nós que não amamos devidamente no passado.
Por outras palavras, escolhemos os pais em função do que precisamos recordar e lembrar de vidas passadas e muitas vezes escolhemos o caminho profissional em função do que precisamos reforçar e voltar a viver que não foi superado durante a infância e a adolescência.
Até que nos tornemos conscientes de quem somos seguimos programas de lealdades que chegam a definir inclusivamente a nossa profissão ou caminho profissional. Muitas vezes somos “duplos energéticos” de algum antepassado e estamos determinados inconscientemente a superar e sublimar o que esse mesmo antepassado não conseguiu concluir. Só quando o conseguirmos honrar devidamente é que nos permitimos ser um pouco mais livres para assumir algumas mudanças na nossa vida.
Partilho três exemplos de algumas lealdades inconscientes que determinam a profissão e realização profissional de alguém que está ligado karmicamente a um antepassado.
Um Pai que seja alcoólico e o seu filho nasce com uma lealdade inconsciente a ele vai optar entre 1 de 3 possibilidades. Como espelho vai se tornar alcoólico também. Como oposição vai ter aversão ao álcool e a tudo o que esteja relacionado com o álcool. Como complemento vai tornar-se enólogo e seguir com essa profissão até acabar de expiar no seu inconsciente o que precisa para equilibrar e honrar o lugar do Pai no seu sistema.
Um Pai esquizofrénico e uma filha que está ligada energeticamente ao Pai e que escolhe ser enfermeira num hospital psiquiátrico.
Uma Mãe que nunca trabalhou e ficou subjugada a tomar conta da sua filha única e do marido. Deixou de ter vida própria e realização pessoal. Esta filha que está ligada a Mãe através de uma lealdade inconsciente vai ser dependente do trabalho e procurar um emprego que a absorva por inteiro. Na verdade ela vive o mesmo padrão da Mãe, não tem vida própria mas a forma como esse padrão de materializa é através da oposição.
Na grande maioria das vezes as pessoas que se destacam profissionalmente fazem-no por compensação da necessidade de serem amadas, aprovadas, vistas e valorizadas. A carência interna é um motor que leva a pessoa a ter níveis de empenhamento e energia acima do normal.
Tudo o que realizamos e fazemos na nossa vida tem impacto na nossa consciência e o caminho profissional que escolhemos não tem apenas uma dimensão de realização pessoal, tem valores éticos e de impacto social extremamente importantes para a nossa evolução como seres humanos.
Podemos imaginar o nosso caminho profissional como um grande campo onde lançamos sementes à terra. A nossa responsabilidade social e a ética que praticamos, determinam a qualidade dos frutos que vamos colher e que por sua vez vão influenciar a próxima sementeira. A dimensão ética é determinada pela bondade e a boa intenção das nossas ações, pela liberdade que é dada ao outro, pela consciência cívica, ambiental, social e humana que está presente para que todos os seres possam viver em paz, ser felizes e viver em liberdade.
Maria Gorjão Henriques
Revista Progredir